terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Normas da ABNT - Orientação para elaboração de trabalhos científicos



TRABALHOS CIENTÍFICOS
REALIZADOS SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR  JOÃO ANTONIO PEREIRA
NO ANO LETIVO DE 2013

Moçada este é apenas um exemplo das normas utilizadas por uma Faculdade brasileira, pode haver variações, dai a necessidade de consultar os portais das instituições quando chegar o momento de você produzir um trabalho científico ok?
Em caso de dúvidas me envie por e-mail janpereira_8@hotmail.com ou visite meu blogguer www.memoriasdavidaemvida.blogspot.com ou a FanPage http://www.facebook.com/joaoantonio.pereira.18
Boa leitura!

Normas da ABNT: uso e emprego em textos científicos
A eficácia da comunicação científica exige do pesquisador um modelo de padronização. Em função disso, a normatização de textos científicos visa facilitar o processo de comunicação no meio da comunidade científica e vem assumindo, a cada dia, uma importância cada vez maior em decorrência das exigências do uso e do emprego correto das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Apesar da exigência de padronização, existe hoje, ainda, uma certa resistência por parte dos acadêmicos quanto à utilização de normas para apresentação de trabalhos acadêmicos devido ao desconhecimento de sua importância e outras pela diversidade e contradição das mesmas. O órgão nacional responsável pelo estabelecimento de normas, nas esferas de atividades científicas, intelectuais, tecnológicas e econômicas é a International Organization for Standardization (ISO) - Organização Nacional de Normatização -, que é organizada com a estrutura de condições especializadas, nos diversos ramos da ciência e da tecnologia.
No Brasil, a instituição correspondente, que trata de traduzir e adaptar para a língua portuguesa as normas estabelecidas pela ISO, é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sediada no Rio de Janeiro, que é também formada de comissões técnicas. A Comissão de Estudo de Documentação (CED) da ABNT é a responsável pelo desenvolvimento e pela divulgação de processos normativos de documentação.
Na elaboração desta aula, apresentaremos as principais normas da ABNT, com o intuito de contribuir para a organização de todos os trabalhos a serem desenvolvidos durante a sua vida acadêmica.
PRINCIPAIS MODELOS DE REFERÊNCIAS (NBR 6023/2002)
LIVRO
Um autor:
FORTES, Nadabe Cardoso de Oliveira Alves. Salas numerosas: espaço de conhecimento ou informação? Campinas:Alínea, 2000. 120p.
Um a três autores:
MARTIN, Kenneth; SPERLING, Abraham P. Introdução à psicologia. São Paulo:Pioneira, 1999.110p.
Mais de três autores:
COLL, César et al. Desenvolvimento psicológico e educação. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 3v.
Organizador, compilador, coordenador: quando não há autor, mas sim o responsável intelectual, referencia-se este, seguindo da abreviação que o caracterize, entre parênteses.
NALILI, José Renato (Coord.)
GUARESCHI, Pedrinho A. (Org.)
MATARAZZO, Gabriel (Comp.)
Autor com nome espanhol e hispano-americano: referencia-se pelo penúltimo sobrenome.
ARIAS LÓPEZ, Mercedes. Centro cirúrgico. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002. 310p. il.
Autor com sobrenome unido por hífen: referencia-se da forma como se apresenta.
VILLA-LOBOS, Heitor. Plano de saúde. São Paulo: Atlas, 2000. 80p.
Autor com obra publicada sob pseudônimo: referencia-se desde que esta seja a forma adotada pelo mesmo.
DINIZ, Julio. As pupilas do senhor reitor. 15. ed. São Paulo: Ática, 1994. 263p. (Série Bom Livro).
Autor desconhecido (Anônimo): referencia-se pelo título.
As novidades do direito comercial. São Paulo: Plausi, 1997. 200p.
Autor com sobrenome que indica parentesco: referencia-se pelo nome da família.
MOREIRA FILHO, Alonso Augusto. Psicoterapias de inspiração psicanalíticas. Rio de Janeiro: D&PA, 1999. 2v.
EVENTOS (CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS, ENCONTROS, ETC.)
NOME DO EVENTO, número, ano, local. Título... Local de publicação: Editora, data de publicação. Número de páginas ou volumes.
DISSERTA ÇÕES E TESES
Exemplo:
AGUIAR, Paulo Antonio de. Análise dialética entre cultivares de algodoeiro herbáceo. 2003. 64f. Tese (Doutorado em Genética e Bioquímica) - Instituto de Genética e Bioquímica, UFU, Uberlândia, 2003.
MONOGRAFIA NO TODO SEM AUTORIA
TÍTULO. Edição. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. (Coleção ou Série).
OBS.: Primeira palavra, além dos artigos, em letras maiúsculas.
PARTE DE MONOGRAFIA (CAPÍTULOS, VOLUMES, PÁGINAS, ETC.)
Parte sem autoria própria: quando o autor é o mesmo do todo
AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Número(s) da(s) página(s) ou volume(s) consultado(s).
Parte com autoria própria: quando o autor da parte é diferente do todo.
AUTOR DA PARTE. Título do capítulo. In: AUTOR DA OBRA. Título da obra. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Número do(s) volume(s), capítulo(s), ou páginas consultadas.
Parte de eventos com autoria própria:
AUTOR DA PARTE. Título. In: NOME DO EVENTO, número, ano, local de realização. Título... Local de publicação: Editora, data de publicação. Número de páginas ou volumes. Número da(s) página(s) ou volume(s) consultados.
PERIÓDICOS COMO UM TODO
MEMÓRIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1909 - Trimestral
PERIÓDICO CONSIDERADO EM PARTE
Fascículos e suplementos:
TÍTULO DA COLEÇÃO. Local de publicação: Editora, numeração do volume, numeração do fascículo, data. Número de páginas. Tipo de fascículo.
Artigos em revistas:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da revista, local de publicação, volume, número, página inicial e final do artigo, mês e ano.
Exemplo:
TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex - Revista Jurídica, Brasília, DF, ano 1, n. 1, p. 18-23, fev. 1997.
Artigos em formato eletrônico:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico, Local, volume, fascículo, páginas, data. Disponível em: [endereço eletrônico] Acesso em: dia mês e ano (para documentos on-line).
Exemplo:
REZENDE, Yara. Informação para negócios, os novos agentes do conhecimento e a gestão do capital intelectual. Ciência da Informação Online, Brasília, v. 31, n. 2, 2002. Disponível em: [www.ibict.br/cionline]. Acesso em: 30 nov. 2002.
Artigos em jornais:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, dia, mês e ano. Título do caderno, seção, páginas do artigo e coluna.
Exemplo:
NAVES, Antunes. Os Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo. São Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.
DOCUMENTOS JURÍDICOS (LEIS, DECRETOS, PORTARIAS, ETC.)
LOCAL (país, estado ou cidade). Título (especificação da legislação, número, data). Ementa. Indicação da publicação oficial, local, volume, número, páginas, dia, mês e ano. Seção e parte (se houver).
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS CONFORME NBR 6023 (ABNT, 2002)
CD-ROM e Disquete
Referência do documento. Descrição física do meio eletrônico.
On-line:
Referência do documento. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data de acesso, hora, minutos e segundos.
Exemplo:
RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sócio-jurídica. Disponível em: <http://www.datavenia.inf.br/frameartig.html>. Acesso em: 10 set. 1998.
E-mail:
Nome do remetente. Assunto [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <endereço eletrônico do destinatário> em "data de recebimento".
Exemplo:
ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <mtmendes@uol.com.br> em 26 jan. 2000.
Programa de computador
AUTOR. Nome do programa. Versão. Local: Editora, ano de publicação. Descrição física do meio eletrônico.
Exemplo:
MICROSOFT Project for Windows 95, version 4.1: project planning software. [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995. Conjunto de programas. 1 CD-ROM.
Eventos (congressos, conferências, encontros, etc) em meio eletrônico.
NOME DO EVENTO, número., ano, local do evento. Anais eletrônicos... Local de publicação: Editora, ano de publicação. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês ano.
IMAGEM EM MOVIMENTO (VIDEOCASSETE, FILME DE LONGA METRAGEM EM VHS E DVD)
Videocassete:
TÍTULO. Diretor. Produtor. Local: Produtora, ano, descrição física (duração), sistema de reprodução, indicadores de som, cor.
Filme de longa metragem em VHS
TÍTULO. Diretor. Produtor. Roteiro. Elenco. Local: Produtora, ano. Especificação do suporte em unidades físicas (duração), sistema de reprodução, indicadores de som., cor.
Filme de longa metragem em DVD.
TÍTULO. Direção. Produção. Intérpretes. Roteiro. Música. Local: Produtora, data. Descrição física (duração), color., produzido por. Baseado em. Autor
DOCUMENTOS CARTOGRÁFICOS (ATLAS, MAPAS, GLOBO, FOTOGRAFIA AÉREA E OUTROS)
Atlas:
TÍTULO. Local: editora, data. Descrição física. Escala.
Mapa:
AUTOR(S). Título. Local: Editora, ano de publicação, especificação do material, cor, medidas. Escala.
Fotografia Aérea:
AUTOR(S). Título. Local: Editora, data, especificação do material, cor, medidas. Escala.
DOCUMENTOS SONOROS NO TODO (DISCOS, CD, CASSETE, ROLO, ENTRE OUTROS)
COMPOSITOR(es) ou Intérprete(s). Título. Local: Gravadora (ou equivalente), data. Especificação do suporte.
DOCUMENTOS NÃO PREVISTOS NA NBR 6023 (ABNT, 2002)
Resumo do artigo publicado em abstract:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico que publica o resumo, local de publicação, número do volume, número do fascículo, número da página, data de publicação. Nota indicando em que periódico o artigo é publicado integralmente, local de publicação, volume, fascículo, página inicial e final, ano de publicação.
Anais de eventos publicados em periódicos:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico, local de publicação, volume, fascículo, página inicial e final, data de publicação. Nota indicando em qual evento foi apresentado.
ENTREVISTAS
ENTREVISTADO. Assunto ou título do programa. Local da entrevista, entidade onde ocorreu o pronunciamento, data em que a entrevista foi concedida. Nota indicando o nome do entrevistador.
INFORMAÇÃO VERBAL
AUTOR DO DEPOIMENTO. Assunto ou título. Local do depoimento, instituição (se houver), data em que a informação foi proferida. Nota indicando o tipo de depoimento (conferência, discurso, anotação de aula).
CORRESPONDÊNCIAS (CARTAS, BILHETES, TELEGRAMA, FAX)
REMETENTE. [Tipo de correspondência] data, local e emissão [para] destinatário, local a que se destina. Número de páginas. Assunto em forma de nota.
PORTARIAS NÃO PUBLICADAS
ENTIDADE COLETIVA RESPONSÁVEL. Tipo de documento, número do documento, data. Ementa original ou elaborada. Número de folhas ou páginas.
PROGRAMA DE TELEVISÃO E RÁDIO
TEMA. Nome do programa, cidade: nome da TV ou rádio, data de apresentação do programa. Nota especificando o tipo de programa (rádio ou TV).
REFERÊNCIA OBTIDA VIA BASE DE DADOS
Referência do documento. Notas de via de acesso: Nome da entidade responsável, ano de obtenção.
REFERÊNCIA OBTIDA VIA BASE DE DADOS EM REDE ELETRÔNICA
Referência do documento. Nota de via de acesso: Nome da entidade responsável, ano de obtenção. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês ano.
DICAS PARA O ENTENDIMENTO DAS NORMAS DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA ABNT.
• Siga sempre a ordem apresentada nas normas para as referências bibliográficas, isto é, não mude, por exemplo, o local da editora, colocando-a depois do nome do autor.
CERTO: SCHWARZ, R. Duas meninas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
ERRADO: SCHWARZ, R. Duas meninas. Companhia das Letras, São Paulo, 1997.
• Mantenha a pontuação apresentada nas normas. Os dois pontos, a vírgula e o ponto e vírgula indicam a ordem das informações.
• O subtítulo das obras deve ser sempre em formato normal, depois dos dois pontos, sem negrito, itálico ou sublinhado:
EXEMPLO: GRANJA, L. Machado de Assis: escritor em formação (à roda dos jornais). Campinas, SP.: Mercado de Letras; São Paulo: Fapesp, 2000.
• Observe no exemplo acima que quando o local da editora é de uma cidade de um estado, especifica-se o nome da cidade e a sigla do estado. Quando uma obra é publicada por mais de uma editora, devem constar os nomes de pelo menos duas editoras, dando preferência àquela que aparece em destaque na folha de rosto do livro.
• Quando a referência for de um capítulo de livro, coloca-se primeiramente o nome do capítulo e depois a expressão "In:" para indicar em que livro se encontra o capítulo, não se esquecendo de colocar os números das páginas iniciais e finais do mesmo:
EXEMPLO:
FERREIRA, E. F. C. Cenas culturais da capital do segundo império. In: Para traduzir o século XIX: Machado de Assis. São Paulo: Annablume; Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2004. p. 41-72.
Observe que o "p." de página(s), embora venha depois do ponto final do ano, ele deve ser grafado em minúscula. Não escreva p. 41 a 72.
CORRETO: p. 41-72
ERRADO: p. 41 a 72 ou pp.
• Para indicar os organizadores, coordenadores ou editores de uma obra, NUNCA use a abreviatura no plural e use sempre a primeira letra em maiúscula:
Mais de um organizador, coordenador ou editor, citar os nomes dos três participantes. Com mais de três, citar apenas o nome do primeiro que aparece na capa do livro, não precisando colocar em ordem alfabética os sobrenomes dos autores (pode acontecer de coincidir com a ordem alfabética) e usar a expressão latina "et.al" (= e outros), sem itálico ou negrito.
CERTO: CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. de M. (Org.) A história contada: capítulos de história social da literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
ERRADO: CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. de M. (orgs.). A história contada: capítulos de história social da literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
Atenção: Observe que depois da abreviatura deve-se colocar o ponto final dentro do parêntese e também depois deste. Ex: (Org.).
• NÃO coloque aspas nem nos títulos dos capítulos e nem nos das obras. Essa observação é válida para a apresentação de textos digitados. Em textos manuscritos, os títulos dos capítulos devem vir entre aspas e apenas o título da obra deve ser sublinhado, mantendo o subtítulo sem o sublinhado.
REFERÊNCIA DIGITADA: CARVALHAL, Tânia F. Comparatismo e interdisciplinaridade. In: O próprio e o alheio: ensaios de literatura comparada.

REFERÊNCIA MANUSCRITA: CARVALHAL, Tânia F. "Comparatismo e interdisciplinaridade". In: O próprio e o alheio: ensaios de literatura comparada.
AO CITAR O TÍTULO DE UMA OBRA EM UM MANUSCRITO, NÃO COLOQUE ASPAS, APENAS O SUBLINHE.
• Os títulos de obras podem ser sublinhados ou grafados em negrito ou itálico. Porém, deve-se optar por um desses tipos e mantê-lo do início ao final do seu trabalho.
• A relação das obras utilizadas na elaboração de um trabalho deve ser apresentada em ordem alfabética pelo sobrenome do autor.
• As REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS correspondem aos textos que foram, EFETIVAMENTE, utilizados no corpo do trabalho, ficando para a BIBLIOGRAFIA, os títulos que foram consultados, mas que não foram utilizados, funcionando assim como indicação de leitura complementar.
• Não copie os dados constantes nas fichas catalográficas dos livros, pois não correspondem à ordem estipulada pela ABNT para referências bibliográficas. Por exemplo: quando aparece o número da edição - 2ª - na referência bibliográfica, ela deve aparecer dessa maneira: 2.ed. Quando for primeira edição, NÃO se deve colocá-la. A simples ausência do número da edição significa que é a primeira.
O TRABALHO DA CITAÇÃO
SOBRE A FORMATAÇÃO DE CITAÇÕES
• Até três linhas, a citação deve ser incorporada ao texto, aparecendo entre aspas, em fonte normal, isto é, não use nem itálico, nem negrito e nem sublinhado.
EXEMPLO: Ao escrever sobre a popularização do futebol no Rio de Janeiro, Leonardo Pereira explica a origem do foot-ball: "esporte de origem inglesa que logo cairia no gosto das rodas elegantes da cidade. [...] o jogo é rapidamente assumido por grupos de jovens estudantes que voltavam do velho continente trazendo as novidades do tão moderno esporte".
Os colchetes [ ] significam que se suprimiram algumas palavras do texto utilizado.
• Com mais de três linhas, a citação deve ser destacada do texto, sem aspas, em fonte 10, EXEMPLO: espaço simples
A essa ambigüidade do termo interpretante, VIEIRA acrescenta outras antinomias, tais como:
a ambivalência do que está dentro mas se projeta para fora da tríade sígnica; a ambivalência do que, privilegiado por ocupar um entre-lugar, olha para dentro e para fora da tríade sígnica; a ambivalência do que encerra uma tríade sígnica e abre outra na cadeia semiótica; a ambivalência do que fecha a tríade sígnica mas abre suas portas para o contexto dos outros signos e o universo dos receptores e usuários do signo (VIEIRA, 1992, p. 71).





PRATICANDO A CITAÇÃO: tesoura e cola
Uma das maiores dificuldades encontradas pelos estudantes quando têm de escrever um artigo científico, um ensaio ou um texto argumentativo, é saber escolher uma citação que não destoe do raciocínio que vem sendo desenvolvido no decorrer da escrita. Como a citação é um fragmento de um outro texto, um recorte, a escolha tem de ser bem feita. Nenhum texto argumentativo se escreve sem uma referência a outro texto. Para que um texto seja considerado científico deve conter citações, pois essas comprovaram a pesquisa realizada. A citação denota o diálogo com os autores utilizados na escrita de um outro texto, num processo intertextual. Os trechos citados traduzem as leituras feitas pelo novo autor, traçando um perfil da linha de seu pensamento.
Antoine Compagnon, em seu brilhante livro sobre o trabalho da citação12, utiliza a metáfora da tesoura para explicar como funciona a citação. Como uma costureira, o produtor de um texto argumentativo, vai se apropriar de um fragmento de um outro texto, cortando-o com uma tesoura e colando-o em outro texto. É preciso entender que esse diálogo com o outro é imprescindível e em nada diminui o valor da outra obra, ao contrário, enriquece-a. Porém, a fonte deve ser obrigatoriamente citada. A leitura do livro de Compagnon é essencial para o pesquisador, pois esclarece o que é citar e como citar, vindo "preencher uma lacuna na bibliografia teórica sobre a escrita como prática da intertextualidade." Nas palavras de Eneida Maria de Souza:
Duas citações apresentam-se de forma abusiva para o autor, ao definir o lugar ocupado pelo sujeito no ato da citação. A primeira refere-se à citação narcísica, responsável por uma relação imaginária entre o sujeito e a palavra do outro; a segunda reproduz a atitude de Pilatos, que delega ao outro o compromisso de sua fala. Ao admitir ser a escrita produto de um exercício de colagem de palavras alheias, Compagnon acredita que o trabalho da citação constitui uma força que move os discursos e revitaliza os sujeitos, situando-se a meio caminho das duas posições.13



Observe no trecho abaixo recortado do ensaio do sociólogo, Octávio Ianni, intitulado "Sociedade e Literatura" (1999) como o ensaísta introduz e comenta as citações escolhidas para problematizar, como comenta Marisa Lajolo, "algumas das relações possíveis entre literatura e sociedade".
As narrativas literárias e sociológicas adquirem níveis excepcionais, tornando-se propriamente não só notáveis, mas clássicas, quando os seus autores lidam criativamente com a paixão, a intuição e a imaginação. Talvez todas tenham algo em comum, na medida em que todas estão impregnadas de fabulação.
É óbvio que a atividade intelectual do cientista social geralmente está referida à "realidade". Lida com fato e evidência, dado e significado, nexo e processo, hierarquia e estrutura, diversidade e desigualdade, continuidade e descontinuidade, ruptura e transformação. Já que a realidade é complexa, intrincada, opaca e infinita, a reflexão é levada a taquigrafar e selecionar, para compreender e explicar, ou esclarecer. Nesse percurso, a despeito de todo o rigor da pesquisa e reflexão, ocorre sempre e necessariamente a decantação. A realidade nunca aparecer na interpretação, a não ser figurada e significativamente, por suas articulações, nexos e tensões que se depreendem ou constroem logicamente.
É, sem dúvida, necessário distinguir o método de exposição formalmente, do método de pesquisa. A pesquisa tem de captar detalhadamente a matéria, analisar as suas várias formas de evolução e rastrear sua conexão íntima. Só depois de concluído esse trabalho é que se pode expor adequadamente o movimento real. Caso se consiga isso, e espelhada idealmente agora a vida da matéria, talvez possa parecer que se esteja tratando de uma construção a priori (MARX, 1988, p. 26).


 Sim, a metamorfose da pesquisa em narração, ou conceito, categoria e interpretação, é sempre um processo no qual entra a imaginação. Não se trata da imaginação solta e inocente, mas instigada pelos enigmas das relações, nexos, processos, estruturas, rupturas e contradições que povoam a reflexão. Nesse sentido é que a interpretação científica mobiliza rigor e precisão, tanto quanto paixão e inspiração.
Com efeito, para o homem, enquanto homem, nada tem valor a menos que ele possa fazê-lo com paixão... Por mais intensa que seja essa paixão, por mais sincera e mais profunda, ela não bastará, absolutamente, para assegurar que se alcance êxito. Em verdade, essa paixão não passa de requisito da "inspiração", que é o único fator decisivo... Essa inspiração não pode ser forçada. Ela nada tem em comum com o cálculo frio... O trabalho e a paixão fazem com que surja a intuição, especialmente quando ambos atuam ao mesmo tempo. Apesar disso, a intuição não se manifesta quando nós o queremos, mas quando ela o quer (WEBER, 1985, p. 25-6).




A paixão e a intuição podem ser as estradas pelas quais se chega à fabulação, território no qual se realizam tanto o conhecimento como a fantasia, tudo isso traduzido em narração. Narra-se para interpretar e fabular, ou para construir categorias e alegorias. Essa parece ser uma faculdade desenvolvida universalmente, ainda que segundo diferentes linguagens, parâmetros, modelos, paradigmas ou estilos14.
APÓS A LEITURA DESSE TEXTO, PODE-SE PERCEBER COMO A ESCOLHA DA CITAÇÃO DEVE SER HARMONIOSA, NÃO PODENDO “QUEBRAR” O PENSAMENTO QUE VEM SENDO DESENVOLVIDO PELO AUTOR.

12 COMPAGNON, 1996.
14Trecho retirado da orelha do livro O trabalho da citação, de Antoine Compagnon.


1. NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA

1. PRÉ-TEXTO – (precede o texto e auxilia na identificação do trabalho)
1.1.            Capa (obrigatório)
1.2.            Folha de Rosto (obrigatório)
1.2.1    Ficha Catalografica (obrigatório)
1.3.            Folha de Aprovação (obrigatório)
1.4.            Errata (opcional)
1.5.            Dedicatória (opcional)
1.6.            Agradeciment2o (opcional)
1.7.            Epígrafe (opcional)
1.8.            Lista de Tabelas (opcional)
1.9.            Lista de Abreviaturas e Siglas (opcional)
1.10.        Lista de Símbolos (opcional)
1.11.        Sumário (obrigatório)

2. TEXTO – (parte do trabalho onde a pesquisa é exposta)
2.1.    Resumo e Palavras-chave
2.2.    Introdução
2.3.    Desenvolvimento
2.4.    Considerações finais
3. PÓS-TEXTO – (completa as informações do texto)
3.1.    Referências Bibliográficas (obrigatório)
3.2.    Anexos (opcional)
3.3.    Apêndices (opcional)
1. PRÉ-TEXTO
1.1. Capa - (obrigatório)
Os elementos que devem constar na capa do projeto são: nome da instituição, nome do curso, nome do autor, título do trabalho, cidade, mês e ano. Devem ser apresentados na ordem em que foram citados.








3,0 cm



CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS






 



AUTOR

(Times New Roman - tamanho 14- Negrito –centralizado).



      * (Modelo de Capa para todos trabalhos. Mais de um autor, colocar apenas nome do coordenador)














3,0 cm




2,0 cm




 




TÍTULO

(Times New Roman - tamanho 16  – Negrito – centralizado).


(Se houver Subtítulo, colocá-lo em Fonte Normal e tamanho 14)










 

                                    Dourados (tam. 14-Negrito – centralizado)

2007
(2,0 cm)

1.2. Folha de Rosto (obrigatório)

A folha de rosto contém o nome do aluno, o título do trabalho, as informações referentes ao nível do trabalho (monografia, dissertação ou tese), a finalidade, o curso, o período e a turma, bem como o nome do (a) professor (a) orientador (a).




CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS







 


AUTOR (ES)
( tam. 14 – Normal – centralizado)



                                                                          TÍTULO

                          (Times New Roman - tam. 16 - Normal – centralizado).

 



Texto explicativo retangular: Tam. 12
 




Monografia apresentada a Faculdade de ___________________, Curso de ____________ do Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN, para obtenção do Grau de Graduado em ___________________________, Habilitação em __________________.
Orientador: Professor(a).............................


Obs. No verso da Folha de Rosto deverá conter a ficha catalográfica, (organizada pela Biblioteca, por solicitação do orientador e acadêmico).


                            

Dourados (tam. 12 - Normal – centralizado)
2007
(2,0 cm)

1.3. Folha de Aprovação
Contém data de aprovação, nome dos examinadores e local para assinatura deles, que devem estar distribuídos de maneira homogênea.
A folha de aprovação, a capa e a folha de rosto devem ser configuradas respeitando o padrão 3cm na borda superior e margem esquerda, 2cm na borda inferior e margem direita.





Monografia defendida e aprovada, em ___ de ____________________ de 200__, pela banca examinadora:






__________________________________________________________________
Professora Doutora ............
Orientadora





__________________________________________________________________
Professor Doutor ............
Professor do Curso de ......




__________________________________________________________________
Professora Mestre ............
Professora do Curso de ..........








                                                            

1.4. Dedicatória (opcional)
Constitui-se em uma página onde o autor agradece pessoas e instituições que contribuíram de forma relevante para o trabalho, presta-se uma homenagem. Inserido na parte inferior à direita da página.


1.5. Agradecimentos (opcional)
Folha em que o(a) pesquisador(a) indica o apoio pessoal e financeiro recebido durante a confecção do trabalho.

AGRADECIMENTOS




            Gostaria inicialmente de agradecer.....
 
 
















1.6. Epígrafe (opcional)
Folha em que o(a) pesquisador(a) apresenta uma citação, com indicação de autoria, relacionada com a temática desenvolvida no trabalho apresentado. Insere-se na parte inferior à direita da página.





O último veredicto da sabedoria, vale dizer:
Liberdade e existência, só ganha ambas,
Quem a cada dia deve reconquista-la.
Assim, cercado do perigo, jovem, maduro e ancião.
Seus dias, com tenacidade consumirão
Tal abundância, nesta terra, veria
Em acres livres entre livre gente estaria

Goethe

 
 

















1.7. Sumário (obrigatório)
Sumário é a enumeração das principais partes da monografia, na ordem em que aparecem no corpo do trabalho.

SUMÁRIO



RESUMO.......................................................................................................................... 08
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 09
I. UM NOVO OLHAR: O memorial como rememoração do vivido ......................... 17
II. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 36
     2.1 Os Pilares das legislações que geram a construção da inclusão social e da acessibilidade às  tecnologias ........................................................................................... 42
             2.1.1 Pessoas com deficiência ............................................................................. 42
III. PROMOVENDO A INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR .............................. 51
       3.1 Construindo acesso a tecnologia da informação e da comunicação .................... 53
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 75
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 78
ANEXOS ......................................................................................................................... 83
 
 


2. TEXTO


2.1. Resumo e Palavras-Chave

Conforme a NBR 14724 (2002, p.2) o resumo na língua vernácula consiste na apresentação “[...] concisa dos pontos relevantes de um texto [...]”. Constitui-se em “[...] uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028” (NBR 14724, 2002, p.4). Deve-se apresentar palavras chaves, depois de dois espaços abaixo do corpo do texto do resumo, no mínimo de três palavras e no máximo de seis palavras.


1. O resumo contendo no máximo 500 palavras, deve ser digitado em cor preta, espaço 1 entre linhas, letra time new roman, tamanho 12.
2.        O título do trabalho deve estar na 1ª linha em letra maiúscula e negrito;
3.        Na 2ª linha, iniciar o texto do resumo em um único parágrafo, sem citações bibliográficas, tabelas, gráficos, ou qualquer outro destaque;
4.        O resumo deverá especificar, claramente, um introdução, os objetivos, a fundamentação, a metodologia, os resultados e as conclusões;
5.        Palavras Chaves.


2.2. INTRODUÇÃO (letra 12, caixa alta)

Formulação clara e simples do tema de investigação. Deve constar a relevância do  assunto, os objetivos do trabalho, a revisão da literatura referente a trabalhos anteriormente publicados, a fim de situar o tema da pesquisa desenvolvida. A introdução deve ainda esclarecer o tema do trabalho e o raciocínio a ser desenvolvido na sua elaboração.

A introdução é a parte inicial do texto, onde devem constar:
a)      O tema que será desenvolvido no texto (delimitando e contextualizando o assunto; apresentando o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado – referencial teórico);
b)      Os objetivos da pesquisa (objetivo geral do texto e seus possíveis objetivos específicos);
c)      As justificativas da escolha do tema (mostrando a relevância acadêmica, a relevância social, o interesse pessoal em relação ao assunto, a viabilidade e as limitações em relação ao desenvolvimento do tema);
d)     A metodologia e técnicas (s) empregadas;
e)      A estrutura do desenvolvimento do texto (o roteiro que indica as partes que compõem o texto, porém sem antecipar os resultados do trabalho).

Lakatos e Marconi (1996), relatam que a introdução é a apresentação do trabalho, abrange:
1.               Explicitação da pesquisa realizada: exposição clara sobre a natureza do problema focalizado, juntamente com as questões específicas relacionadas com ele. Cada divisão principal do problema deve ser apresentada em um capítulo.
2.               Significado da pesquisa: explicações sucintas, mas suficientes, que demonstrem a relevância da pesquisa e a razão pela qual foi levada em consideração.
3.               Objeto Investigativo: especificação do tema geral em torno do qual a pesquisa foi realizada; justificativa da escolha, indicando também lacunas no conhecimento científico.
4.               Aspectos Teóricos: referência na teoria de base na qual o trabalho se apoiou.
5.               Definições Operacionais Utilizadas: definição cuidadosa dos termos importantes, utilizados na pesquisa, a fim de que o leitor possa compreender os conceitos sob os quais a pesquisa se desenvolveu.


Deve oferecer uma visão clara e simples do trabalho, informando:
û Natureza e importância do trabalho;
û Justificativa da escolha e delimitação do tema;
û Relação do tema com o contexto social;
û Objetivo do trabalho;
û Definições e conceitos envolvidos
û Organização e distribuição dos tópicos.


2.3. Desenvolvimento

            Parte principal do trabalho monográfico que contém a apresentação ordenada e detalhada da pesquisa efetuada. Apenas este item deve ser dividido em capítulos, de acordo com a abordagem do tema e metodologia utilizada.
A organização do texto será determinada pela natureza do trabalho e alguns capítulos poderão ser dispensados. Exemplificando: em uma monografia, capítulos como Resultados podem ser suprimidos, até porque em trabalhos dessa natureza podem não existir coleta de dados e o respectivo tratamento estatístico.

O desenvolvimento não é padronizado, porém, devem estar presentes:
û Exposição: processo pelo qual são analisados os fatos ou apresentadas as idéias.
û Argumentação: defesa da validade das idéias através dos argumentos, ou seja, do raciocínio lógico, das evidências obtidas, de maneira ordenada (metodologia e métodos de trabalho), incluindo-se uma classificação e hierarquia nas subdivisões dos títulos e subtítulos.
û Discussão: consiste na comparação das idéias, refutando-se ou confirmando-se os argumentos apresentados, mediante o exercício de interpretação dos fatos e idéias demonstradas.


2.4. Considerações finais
Parte final do texto em que o(a) pesquisador(a) apresenta considerações condizentes com os objetivos, a abordagem teórica e metodológica desenvolvida no trabalho. Deve-se ressaltar a contribuição da pesquisa realizada.


3. PÓS-TEXTO


3.1. Referências

Consiste em apresentar, de acordo com a NBR – 6023 (ABNT, 2000, p. 2), em forma de referência, o conjunto de publicações (livros, revistas, teses, dissertações e outras fontes) utilizado para a elaboração do projeto. A bibliografia deve ser organizada em ordem alfabética, digitada, usando espaço simples entre linhas e espaço duplo para separar as obras contidas na bibliografia em si.

A palavra bibliografia deve aparecer em letras maiúsculas, negritadas, centralizada na linha a oito centímetros da borda superior.

As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada documento.

A entrada – expressão ou palavra que encabeça uma informação bibliográfica (sobrenome do(s) autor (es), primeira palavra de um título, entidade coletiva, título de periódico, nomes geográficos, etc...) – deve ser apresentada em letras maiúsculas.
Na entrada de obras de um mesmo autor, referenciadas sucessivamentes, deve ser substituída por um traço sublinear, equivalente a seis espaços.


REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

û Existe uma seqüência padronizada para a colocação dos elementos essenciais e complementares.
û As referências devem ser alinhadas apenas na margem esquerda.
û Os recursos tipográficos (negrito, itálico ou grifo) deverão ser utilizados de forma padronizada em todas as referências mencionadas.






3.2. Anexos
“Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração’ (NBR 14724, 2002, P. 2).

“O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculo consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos” (NBR 14724, 2002, p. 5).

Exemplos:

ANEXO A – Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle I (Temperatura....)

ANEXO B – Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle II (Temperatura...)

Deve constar: centralizado, fonte Times New Roman, tamanha 12, maiúscula, negrito. Após entrelinha dupla.


3.3. Apêndices
“Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho” (NBR 14724, 2002, p. 2).

“O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos” (NBR 14724, 2002, p. 5).

Exemplos:

APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias totais aos quatros dias de evolução.

APÊNDICE B – Avaliação de células musculares presentes nas caudas em regeneração.

Deve constar: centralizado, fonte Times New Roman, tamanho 12, maiúsculas, negrito. Após entrelinha dupla. Conforme o exemplo.



APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO

 
 




O autor é responsável pela observação dos padrões e normas relativas à apresentação gráfica do trabalho didático.
Recomendam-se as seguintes diretrizes:

ä Formato: (NBR 14724/02, seção 5.1):
O texto deve ser apresentado em papel branco, formato A4 (21cm x 29,7 cm).
Digitado no anverso da folha, em tinta cor preta, com exceção de ilustrações.
Para a digitação, utiliza-se fonte Times New Roman, tamanho 12 para o texto e 10 para citações longas, notas de rodapé, legenda das ilustrações e tabelas.
ä Margem (NBR 14724/02, seção 5.2 e NBR 10520/02, seção 5.3):
Superior: 3 cm
Esquerda: 3 cm
Inferior: 2 cm
Direita: 2 cm
Margem de parágrafo: 2,0 cm a partir da margem esquerda
Margem de citação longa: 4,0 cm a partir da margem esquerda

ä Espaçamento (NBR 14724/025, seção 5.3):
Espaçamento 1,5 cm: para o corpo do texto.
Espaçamento simples: para citações longas, bibliografia, ficha catalográficas e legendas
Entre as referências – espaço 1,5cm.
Entre títulos das seções e subseções e o texto que os sucede e precede – dois espaços 1,5cm.
Entre indicativo numérico e título de seções e subseções – 1 espaço de caractere.

ä Títulos ou capítulos das partes:
Devem ser separados do texto que os precede e devem ser iniciados em folha própria não numerada, digitados em espaço 1,5cm, centralizado e em negrito.
Os títulos de cada seção devem ser sempre precedidos de um indicativo (número ou grupo numérico) representado por algarismos arábicos e usados seqüentemente a partir de 1 (um).

ä Paginação (NBR 14724/02, seção 5.4 e 5.5):
Conta-se todas as folhas a partir da folha de rosto.
Numeração deve aparecer em algarismos arábicos e é registrada apenas a partir da primeira folha da parte textual. Incluindo-se de forma contínua, apêndices e anexos, se houver. O número das folhas deverá figurar ao alto, em fonte tamanho 10, a 2,0 cm da borda superior direita, fazendo-se coincidir o último algarismo com a margem direita do texto.

 Obs. Os títulos sem indicação numérico (errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, resumos, sumário, referências, glossário, apêndices, anexos e índice) – devem ser centralizados.


Citações, Sistemas de Chamadas e Notas de Rodapé (NBR 10520/02)

ä Notas de rodapé:

Notas de rodapé são as que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas. Servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarrega-los. Podem ser:

a) notas de conteúdo, que evitam explicações longas dentro do texto, prejudiciais à linha de argumentação, podendo incluir uma ou mais referências;
b) notas de referência, que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado;
c) notas de esclarecimento ou explicativas são usadas para apresentação de comentários, explanações ou traduções que não possam ser incluídas no texto por interromper a linha de pensamento. Devem ser breves, sucintas e claras.

Sempre que for utilizar notas de rodapé, deve se observar o seguinte:
a) a chamada é feita por algarismos arábicos, colocados entre par|enteses, entre colchetes ou acima da linha do texto;
b) a numeração das notas de rodapé é sempre em ordem crescente dentro do mesmo documento;
 c) no texto, o número deve figurar após o sinal de pontuação que encerra uma citação direta, ou após o termo a que se refere;
d) a nota de rodapé deve ser escrita em espaço simples e letra menor que a do texto;
e) entre uma nota e outra se observa o espaço duplo.

Se o autor é citado várias vezes no texto, na primeira nota, coloca-se a citação da obra com referência completa. Na segunda, insere-se a expressão latina ibidem ou ibid (= na mesma obra), que indica que a obra citada é a mesma imediatamente anterior. Deve ser indicada na mesma página ou folha de citação a que se refere.
A expressão idem ou id. Aponta obras do mesmo autor anteriormente citado. Indica-se na mesma página ou folha de citação a que se refere.
A expressão op. cit. (= obra citada) é usada no caso de ocorrerem citações que se repetem, mas intermediadas por outros autores. Indica-se na mesma página ou folha da citação a que se refere.
A expressão apud (= citado por, segundo, conforme) indica um autor citado por outro autor.


ä Citações :
A Norma Brasileira Registrada/NBR 10520, da Associação Brasileira de Normas Técnicas / ABNT, fixa as condições exigíveis para a representação de citações de documentos (ABNT 2002).

Segundo a referida NBR, denomina-se citação a menção, no texto, de informação colhida de outra fonte, para esclarecimentos do assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma, ou seja, para corroborar as idéias desenvolvidas pelo autor ao decorrer do seu raciocínio.
As citações podem ser diretas ou indiretas e sua obtenção pode ser dada por meio de documentos ou canais informais. As fontes tiradas as citações devem ser indicadas, no texto, por um sistema numérico ou autor-data.

Tipos e formas de citação.
a)      Citação direta: é a transcrição literal de um texto ou parte dele, conservando-se a grafia, pontuação, uso de maiúsculas e minúsculas e idioma. É usada somente quando um pensamento significativo for particularmente bem expresso, ou quando for absolutamente necessário e essencial transcrever as palavras do autor.
a.       Citação curtas (de até três linhas): transcritas entre aspas, incorporadas ao texto, sem destaque tipográfico, com indicação das fontes de onde foram retiradas, conforme de sistema de chamada adotado.
Exemplo:
Na análise dos qualitativos, a ênfase no significado que os indivíduos atribuem às experiências ou fenômenos é indispensável, com bem destaca Minayo (1999, p.11), enfatizando que “[...]quando se trata da análise dos achados das pesquisas de desenho qualitativo, sua concentração nos significados é absoluta”

-          Citações longas (com mais de três linhas): deve aparecer em parágrafo distinto, a quatro centímetros da margem do texto, recuo da margem esquerda, terminando na margem direita. Deve ser apresentada sem aspas, grafada em tipo tamanho 10 e com espaçamento simples de entrelinhas, de acordo com a NBR /14742 (2001).
Exemplo:
O fato do mercado de trabalho ter evidentemente se tornado um sistema inadequado para resolver ao mesmo tempo o problema da produção e da distribuição naturalmente não justifica sentimentos de triunfo inspirados pelas teorias da crise ou do colapso. Isto porque não há perspectiva de uma lógica alternativa de utilização e manutenção da força de trabalho (com a qual a teoria marxista da crise implicitamente sempre contou); ao contrário, predomina algo mais semelhante a um desamparo estrutural. (OFFE, 1994, p.85).

Omissões em citação: são permitidas quando não alteram o sentido do texto ou frase. São indicadas pelo uso de reticências, entre ou barras [...]. Quando se tratar de poema ou texto teatral, quando uma linha ou mais for omitida, a omissão é indicada por uma linha pontilhada.

Ênfase ou destaque em citação: Para destacar palavras ou frases em citação, usa-se o grifo nosso após a indicação da fonte. Quando o destaque for do autor consultado, usa-se a expressão grifo do autor.

Incorreção de citação: no caso de detectar alguma incorreção ortográfica ou gramatical ou incoerência no texto, este deve ser transcrita como se apresenta, podendo ser acrescentada, logo após o erro detectado, a expressão latina (sic) entre parênteses, evidenciando, assim, que, o erro já constava no texto original.

Citação em rodapé: deve vir sempre entre aspas, independente de sua extensão, grafada em tipo menor e em espaço simples.

b)     Citação indireta: transcrição livre do texto, ou seja, é a expressão da idéia de outro autor, com palavras próprias do autor do trabalho. O nome do autor citado vem entre parênteses, seguido da data. É facultativa a menção da página caso a fonte original de informação encontre-se em uma única página.
Exemplo:
A lei não pode ser vista como algo passivo e reflexivo, mas como uma força ativa e parcialmente autônoma, a qual mediatiza as várias classes e compele os dominantes a se inclinarem às demandas dos dominados (GENOVESE, 1974).

c)      Citação de citação: é a menção a um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Só deve ser usada diante da total impossibilidade de acesso ao documento original. A indicação é feita pelo nome do autor original, seguido da expressão “citado por” ou “apud” e do nome do autor da obra consultada. Somente o autor da obra consultada é mencionado nas referências bibliográficas.

Exemplo:
Segundo Hall e Stocke, citados por Lamounier (1984, p. 300), os fazendeiros, a partir da metade do século, já supunham que a força de trabalho escrava teria que ser substituída.
“Indivíduos que se sentem como uma espiga insignificante na máquina, se comportarão como uma espiga numa máquina, não produzindo idéias que trarão mudanças” (GARDNER apud FINI, p. 16).

d)     Citação de dois autores: quando o trabalho é construído por dois autores, o nome dos autores aparece como fonte pesquisada seguindo a ordem de publicação na obra, separada pela letra ‘e’.
Exemplo:
De acordo com Nérie e Cachioni (1999, p. 113), “a população idosa é a de maior crescimento proporcional, hoje, no Brasil”.

e)      Citação de três ou mais autores:  quando o trabalho é construído por três autores ou mais, o nome do primeiro autor aparece como fonte pesquisada seguida por ‘et all’ ou ‘e colaboradores’.
Exemplo:
Azevedo e colaboradores (ou et all) (1998, p. 35), descrevem que “da perspectiva marxista, o âmbito dos problemas é translado do campo da idéia e do religioso para o campo da economia. O que diferencia o homem do resto dos seres vivos é o trabalho humano que transforma a natureza”.

ä Gráficos:


O gráfico tem por objetivo tornar mais fácil e rápida a observação dos resultados

a) Identificação:

- na parte superior a palavra Gráfico seguido do número de ordem de ocorrência no texto (em algarismos arábicos) e, o título:

- na parte inferior as fontes citadas, na construção do Gráfico, e notas eventuais. (NBR 14724, 2001, p.6)


Gráfico 1 – Evolução da população por região do País,
2001


Fonte: 2001, Quadro de evolução da população.
População Referencia (edição em folheto), Brasil, 2001.

Se forem utilizados Gráficos reproduzidos de outros elementos e, não houver menção ao autor, torna-se necessária a prévia autorização deste.



ä Quadros:

            Os quadros comportam dados explicativos que possam ser agrupados de forma a serem mais bem visualizados pelo leitor. Seguem a mesma normatização das tabelas quanto à seqüência cronológica de numeração.



Exemplo: Quadro 2. Barreiras à atividade física, auto-relatadas no estado de São Paulo.

Cidades pequenas do interior do estado

Região metropolitana da capital


Falta de equipamento
Falta de equipamento

Necessidade de repouso
Falta de tempo

Falta de local apropriado
Falta de conhecimento

Falta de clima adequado
Medo de lesão

Falta de habilidade
Necessidade de repouso
Fonte: ANDRADE et al. (1999).


a) Identificação:

- na parte superior a palavra Quadro seguido do número de ordem de ocorrência no texto ( em algarismos arábicos) e, o título;
- na parte inferior as fontes citadas, na construção do Quadro, e notas eventuais. (NBR 14724, 2001, p.6)


ä Ilustrações:

As ilustrações são definidas como: “Elementos demonstrativos de síntese que constituem unidade autônoma e explicam ou complementam visualmente o texto.” (NBR 14724. 2001, p.5).
As ilustrações são compostas pelos seguintes tipos de figuras: quadros, lâminas, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos e outros.
            Todas as ilustrações devem ser identificadas com o número de ordem de ocorrência no texto (em algarismos arábicos) e, o título na parte superior, bem com as fontes citadas na parte inferior.
















REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: 2000. São Paulo: ABNT, 2000.

______. NBR 6027: sumário e apresentação. Rio de Janeiro, maio/2003. 1p.

______. NBR 6028: resumo e apresentação. Rio de Janeiro, novembro/2003. 1p.

______. NBR 6034: preparação de índice de publicação. Rio de Janeiro, 1989. 2p.

______. NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 4p.

______. NBR 10522: abreviação na descrição bibliográfica. Rio de Janeiro, outubro/1998.

______. NBR 14724: informação e documentação, trabalhos acadêmicos, apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p.

BARUFFI, Helder. Metodologia da pesquisa: manual para a elaboração da monografia. 4ª ed. Dourados: Hbedit, 2004.

CURTY, M. G.; CRUZ, A. da C. Apresentação de trabalho científicos. Maringá: Dental Press Editora, 2000.

FERREIRA, Eliane F. C. e LIMA, Terezinha Bazé. A Pesquisa: da teoria à prática. Dourados: UNIGRAN, 2004.

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA FUNLEC. Manual de Trabalho de Conclusão de Curso. Campo Grande, 2004.

INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA. Manual de metodologia científica: uma orientação para trabalhos acadêmicos. 2. ed. Atual. Itumbiara: GO, 2004.

LIMA, Terezinha Bazé de. Manual de Trabalho de Conclusão de Curso. Dourados: UNIGRAN, 2004.

MATTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002.

NAHUZ, Cecília dos Santos e FERREIRA, Lusimar Silva. Manual para normalização de monografias. 3 ed. rev. atual. e ampl. – São Luís, 2002

SANTOS, J. A.; PARRA FILHO, D. Metodológica científica. São Paulo: Futura, 1998.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2004.